“Falhamos”, admite Governo de MS sobre assassinato de jornalista

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul admitiu, em nota, que houveram falhas na rede de proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e que os erros no atendimento na morte da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada brutalmente com três facadas no peito pelo ex-noivo, Caio Nascimento, serão apurados.  “Mais uma morte prova que não estamos conseguindo garantir proteção às vítimas de violência. Falhamos enquanto estado, falharam as instituições, falhamos enquanto sociedade.”, diz a nota divulgada no início da tarde deste sábado (15).  “Precisamos identificar onde erramos, planejar mudanças e agir eficazmente para termos uma solução que resulte de forma efetiva no fim da morte de mulheres em nosso estado simplesmente por serem mulheres”, completou. Na nota, o Estado ainda afirma que todo o procedimento policial, que passou a ser questionado após a divulgação de áudio da Vanessa descrevendo o atendimento na delegacia especializada como frio e o medo em voltar para casa, onde Caio estava presente, será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil. A abertura de procedimento investigativo foi solicitada pelo Ministério das Mulheres, que também em nota, afirmou que uma equipe composta por ouvidora, diretora de Proteção de Direitos e a chefe de gabinete da ministra Cida Gonçalves chegaram a Campo Grande na noite de hoje para acompanhar a situação. “A violência, em qualquer forma que se manifeste, exige resposta imediata e eficaz, e que qualquer falha no atendimento à vítima deve ser rigorosamente analisada, com responsabilização e punição, além da correção imediata de erros que porventura estejam ocorrendo na proteção à mulher”, reforça a nota.  O Governo do Estado encerra a nota dizendo que os altos índices de feminicídios são intoleráveis. “Temos que dar um basta nos casos de violência contra mulher. Não podemos tolerar que o Mato Grosso do Sul continue com elevados índices de feminicídio, fruto também de uma cultura machista que deve ser melhor enfrentada pelas instituições e pela sociedade”, conclui. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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